Quando falamos em cartão de crédito, é essencial conhecer cada modalidade de uso para não ser surpreendido por juros altos e encargos. Neste artigo, você vai descobrir como funcionam o crédito convencional e o crédito rotativo, entender as regras do Banco Central e aprender dicas práticas para manter suas finanças saudáveis.
O limite total disponível para compras é concedido pela administradora do cartão e define o teto para suas aquisições. Esse limite pode ser utilizado para pagar à vista ou parcelado, sem juros adicionais quando quitado integralmente até a data de vencimento.
Já o crédito rotativo entra em cena quando você realiza o pagamento parcial da fatura. Nesse caso, o valor restante é automaticamente financiado pela instituição, gerando encargos até a quitação completa, normalmente na próxima fatura.
Quando o cliente paga mais do que o mínimo exigido mas menos que o total da fatura, o saldo não quitado cai no rotativo. Esse valor passa a ser considerado um empréstimo de curto prazo, sujeito a taxas elevadas.
Imagine um cartão com limite de R$ 5.000 e fatura de R$ 3.000. Se você paga apenas R$ 450 (15%), os R$ 2.550 restantes entram no crédito rotativo. Sobre esse montante incidem juros e encargos elevados, que podem variar de 10% a 20% ao mês.
Desde 2017, o Banco Central determinou que o saldo rotativo pode permanecer ativo por, no máximo, até o vencimento da fatura seguinte. Após esse período, se a dívida não for quitada, a administradora deve oferecer uma opção de parcelamento com condições mais favoráveis.
O novo valor mínimo passa a incluir 100% do saldo anterior, acrescido dos juros e encargos e mais 15% da nova fatura. Essa medida visa reduzir o efeito “bola de neve” e forçar o cliente a buscar alternativas menos onerosas.
A alternativa de parcelamento com juros menores é oferecida quando o consumidor não quita o saldo rotativo até o ciclo seguinte. Nesse caso, o valor pode ser dividido em parcelas fixas, com taxa de juros inferior à do rotativo e prazo definido.
Essa modalidade traz mais previsibilidade: você sabe exatamente quanto pagará em cada mês e qual será o custo total da dívida. Apesar de ainda carregar juros, é uma opção mais saudável do que manter o saldo no rotativo indefinidamente.
Essa comparação mostra como o crédito rotativo pode se tornar um problema sério quando não é usado de maneira consciente.
O crédito rotativo é uma ferramenta que oferece flexibilidade imediata em momentos de aperto, mas traz custos muito altos quando usado de forma recorrente. Para preservar sua saúde financeira, o ideal é sempre quitar a fatura integralmente ou, se necessário, optar pelo parcelamento com juros menores.
Conhecer as diferenças fundamentais entre as modalidades de crédito e aplicar práticas responsáveis fará toda a diferença no seu dia a dia, evitando surpresas desagradáveis e mantendo seu orçamento sob controle.
Referências