Investir de forma consciente exige mais do que apenas desejo de lucro; requer análise, pesquisa e uso de ferramentas adequadas. Neste guia, você encontrará diretrizes claras para avaliar a segurança de qualquer aplicação.
Um investimento confiável é aquele que apresenta baixo, médio e alto risco devidamente mensurados, aliado à solidez do emissor e histórico sólido.
Em linhas gerais, podemos classificar os investimentos em três níveis:
O grau de risco acompanha a possibilidade de retorno, mas também a chance de perda de capital. Para identificar se um título ou ativo é confiável, é fundamental conhecer o perfil do emissor e sua capacidade de honrar pagamentos.
Antes de investir, aplique um checklist de avaliação da empresa que considere governança, liquidez, histórico de lucros e dividendos.
Além desse checklist geral, o método de análise de Benjamin Graham oferece indicadores específicos:
• ROE (Retorno sobre Patrimônio): ideal acima de 15% a 17% ao ano.
• Dívida Bruta/Patrimônio Líquido: preferencialmente abaixo de 50%.
• Crescimento de lucros anual: mínimo de 5% nos últimos cinco anos.
• Lucros estáveis por pelo menos cinco exercícios.
• Pagamento consistente de dividendos.
• Empresas com P/L menor que 15 costumam oferecer margem de segurança.
O rating é uma nota atribuída por agências como Fitch, S&P e Moody’s para indicar a probabilidade de calote de um emissor. As notas variam de AAA (mais seguro) até níveis especulativos.
Os principais critérios analisados pelas agências incluem gestão financeira, cenário macroeconômico e taxas de juros vigentes. Em geral:
• AAA, AA e A: ativos de investimento, com menor risco de crédito.
• BBB e BB: grau intermediário, oferecem risco moderado.
• B e abaixo: especulativos, potencial de retorno maior, porém com risco elevado.
Verificar o rating antes de comprar um título de dívida é etapa fundamental para investidores conservadores e moderados.
Avaliando uma aplicação, observe não apenas o retorno histórico, mas também medidas de risco e custos associados.
Um fundo que supera o benchmark de forma consistente, com volatilidade controlada e taxas transparentes, tende a ser mais confiável.
Investimentos devidamente registrados na CVM, Bacen ou em autorreguladoras como a Anbima oferecem maior segurança jurídica. A exigência de documentação (CPF, comprovante de endereço e outros) faz parte das normas de prevenção à fraude e lavagem de dinheiro.
Além disso, a análise de perfil do investidor (suitability) é obrigatória para adequar recomendações e produtos ao nível de risco tolerado.
Procure instituições financeiras e fundos que divulguem de forma clara demonstrações operacionais, composição de carteira e políticas de distribuição de resultados. A boa governança é sinal de gestão responsável e alinhada aos interesses dos investidores.
Seguindo essas orientações, você reduz significativamente as chances de se expor a golpes e aproveitará oportunidades fundamentadas em dados e critérios objetivos.
Investir com confiança envolve disciplina, paciência e constante atualização. Utilize as métricas, ratings e indicadores apresentados para construir uma carteira equilibrada e resiliente, capaz de resistir a ciclos econômicos adversos e gerar retornos consistentes ao longo do tempo.
Referências